Delegacias de Aquidauana e região aderiram ao movimento
Para demonstrar sua insatisfação com a politica de arrocho salarial promovida pelo governo do PSDB, do Mato Grosso do Sul, ao longo desses últimos dez anos, policiais civis de todo o estado e da delegacia Regional de Aquidauana pararam suas atividades por 12 horas, nesta quinta-feira.
Segundo informações repassadas ao JNE pelos delegados sindicais, os policiais civis das delegacias da circunscrição de Aquidauana, que abrange as cidades de Anastácio, Bodoquena e Dois Irmãos do Buriti e Miranda, cruzaram os braços por 12 horas e não descartam uma paralização total nos próximos dias.
Entenda as causas do movimento
O governo do estado deu uma verba indenizatória de quase dois mil reais aos delegados que já ganham salários superiores a 25 mil reais, e nada para as demais categorias da Força. Segundo o presidente do Sinpol, Sindicato do Policiais Civis do MS, Alexandre Barbosa:” Privilegiando quem ganha quem já ganha mais”.
O Sinpol denunciou que os investigadores e escrivães são submetidos a escala de sobreaviso sem receber nada a mais por isso, a pressão para realizar atribuições dos delegados de polícia, como realizar oitivas sem a presença da autoridade policial, tipificar crimes em boletins de ocorrências e outras arbitrariedades.
Barbosa falou também sobre a situação dos aposentados da polícia civil: “As maldades do governo com os policiais civis não para por aí, atingem também aposentados, que voltaram a ter descontos previdenciários em seus pagamentos de 14%, inclusive dos que sofrem de doenças graves e ou comorbilidades, por conta do rombo provocado pelos governadores ao longo dos últimos anos, aposentado não pode pagar essa conta”, finalizou o presidente.
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul é considerada pelo Conselho Nacional de Justiça, como uma das três melhores do Brasil, em resolução de crimes contra a vida, e segundo os policiais civis, em contrapartida o governo paga um dos piores salários do país, contradizendo a propalada meritocracia do PSDB.
A Assembleia Legislativa a pedido do movimento criou uma comissão para abrir um canal de negociação com o governo. Outras ações são prometidas pelo Sinpol, Sindicato dos Policiais Civis do estado, que não descartam a paralização total.