Pela segunda vez a prefeita de Fátima do Sul, Ilda Salgado Machado e o seu vice-prefeito, Altair Vieira de Albuquerque, ambos do PR, tem os diplomas cassados por compra de votos, por decisão da magistrada Rosângela Alves de Lima Fávero, da 4ª zona eleitoral de Fátima do Sul em menos de um ano.
Assinada pela juíza eleitoral na última terça-feira, 19, a sentença em primeira instância só entrou hoje no sistema do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) e deve ser publicada na quarta-feira, 26, no Diário Oficial da Justiça Eleitoral, quando começa a contar o prazo de três dias para recurso.
Com o número 456-37.2016.6.12.0004, a cassação da prefeita e do vice-prefeito prevê efeito automático de inelegibilidade de oito anos subsequentes à eleição de 2 de outubro de 2016, além da nulidade dos votos e multa de 10 mil UFIR’s.
A primeira decisão de cassação foi em novembro de 2016, menos de um mês depois de ela ter vencido a eleição com 51.67% (6.882 votos), contra 48.33% (6.438 votos) do candidato derrotado, Junior Vasconcelos, do PSDB.
Como na vez anterior, a magistrada considerou como prova um vídeo onde aparece a então candidata Ilda Machado entregando R$ 700 a um eleitor em troca do voto dele e de membros da família.
“Foi apurado que Ilda entregou certa quantia em dinheiro ao eleitor Ederson Ferreira Gonçalves visando obter-lhe seu voto e de seus familiares”, diz a sentença da juíza.
Ainda de acordo com a sentença, foram localizados bilhetes e anotações na residência de um cabo eleitoral da prefeita, chamado Juliano Leite de Carvalho em que um eleitor de nome Gleisson Passos de Miranda, pede dinheiro em troca de voto, e ouvido pela Promotoria de Justiça ele confirmou ter pego medicamentos das mãos de Aline Pereira da Silva, companheira de Juliano.
Casada com o ex-deputado estadual e presidente regional do PR, Londres Machado, Ilda Machada é mãe da deputada estadual Grazielle Machado (PR), e está no seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Fátima do Sul.
Foto: Vicentina On Line