No dia 27 de abril de 2025, o professor aposentado Onei, conhecido em Campo Grande (MS) por sua dedicação ao cuidado de gatos de rua, foi alvo de gritos, ofensas e acusações infundadas enquanto alimentava os animais em uma calçada próxima a um terreno baldio. A cena foi registrada em vídeo e compartilhada em um grupo de WhatsApp com 191 membros, gerando forte repercussão entre moradores e defensores dos direitos dos animais.
Nas imagens, Onei aparece colocando ração para os gatos quando é abordado de forma agressiva por duas mulheres. Sem qualquer tentativa de diálogo respeitoso, elas passam a gritar com o idoso. Durante o tumulto, ele tenta se defender verbalmente, mas acaba sendo chamado de “covarde” e “agressor de mulheres” — acusações que não encontram respaldo em nenhum momento do vídeo e foram prontamente desmentidas por quem acompanhou a gravação.
Em entrevista, o professor explicou que não é a primeira vez que sofre represálias semelhantes. “Sou aposentado pelo INSS e faço o que posso para ajudar esses gatos: castro, alimento, dou amor e procuro novos lares para eles. Quando eles confiam, ficam dóceis”, contou emocionado. Ele afirmou ainda que, atendendo a pedidos anteriores, passou a alimentar os animais sob uma árvore, longe de casas e sem invadir propriedades privadas.
Apesar de agir com respeito e boa-fé, Onei acabou sendo exposto publicamente de maneira injusta, o que ele classificou como um “linchamento moral”. “Fui humilhado por pessoas que não têm um pingo de dignidade”, lamentou.
O local onde ele costuma deixar a ração é uma calçada anexa a um terreno baldio tomado por lixo e mato, sem qualquer cerca ou sinalização de propriedade privada. Segundo ele, “jamais invadi espaço de ninguém”.
Após a divulgação do vídeo, a comunidade reagiu com indignação. Mensagens de apoio a Onei se multiplicaram nas redes sociais e em grupos de vizinhança, especialmente entre protetores de animais.
Por outro lado, uma pessoa que se identificou como proprietário do terreno se manifestou afirmando que o local é “roçado duas vezes por ano” e que, portanto, não se encontra abandonado. Ele também criticou a ação do professor, dizendo que quem deseja ajudar os animais deveria levá-los para casa.
Apesar das críticas, Onei segue firme em sua missão voluntária de proteger os animais de rua. “Minha única intenção é amenizar o sofrimento desses seres indefesos. Eles só têm a gente”, finalizou.
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