Terra
As equipes de resgate encontraram neste domingo mais dois corpos na região afetada pela enxurrada de lama e rejeitos de mineração causada pelo rompimento de duas barragens na quinta-feira em Mariana, em Minas Gerais.
Desde o dia do acidente foram localizados quatro corpos, inclusive o de um trabalhador da mineradora Samarco que sofreu um infarto quando presenciou o rompimento das barragens de rejeitos minerais e de água.
Os três corpos recuperados da lama e dos rios da região não serão contabilizados na lista oficial de mortos enquanto não forem identificados, segundo informaram os bombeiros. O número oficial de vítimas variou constantemente desde o momento do acidente.
No sábado, os bombeiros incluíram na lista de mortos o corpo de um homem achado em um rio a 100 quilômetros da mina, mas hoje o cadáver foi retirado da relação até que sejam realizados testes de DNA.
A Prefeitura de Mariana, a cidade mais afetada, mantém uma lista de 28 desaparecidos, 13 deles trabalhadores da mina e outros 15 moradores da região.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, praticamente descartou neste domingo a possibilidade de encontrar os trabalhadores da mina e afirmou que conforme “o tempo vai passando” a possibilidade de encontrar sobreviventes “vai diminuindo”.
O acidente também deixou 16 feridos, entre os quais apenas duas mulheres permanecem internadas com previsão estável, segundo informaram os bombeiros.
Cerca de 200 efetivos dos bombeiros, polícia, Defesa Civil e Exército participam das buscas por sobreviventes.
O distrito mais afetado, Bento Rodrigues, em Mariana, foi praticamente apagado do mapa após uma enxurrada de lama que destruiu 158 das 180 casas da região e danificou as 22 restantes.
A Samarco, controlada pela Vale e pela australiana BHP, duas das maiores mineradoras do mundo, informou que a lama não é tóxica para o ser humano já que é composta principalmente por sílica, mineral encontrado na areia.
No entanto, o órgão de Defesa Civil informou que cortou o fornecimento de água em 19 cidades que se abastecem do rio local por causa do vazamento, que segundo a Samarco foi de 62 milhões de metros cúbicos de água e rejeitos de mineração.
Foto: Agência Brasil