Gazeta Esportiva/JB
Os dirigentes que constituirão a gestão do novo presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, já traçam estratégias para minimizar o rombo financeiro deixado por Carlos Miguel Aidar no clube. Entre as medidas emergenciais a serem adotadas está o encerramento dos contratos de Alexandre Pato e Luis Fabiano. Aliadas à aposentadoria do goleiro Rogério Ceni, as saídas dos atacantes farão o Tricolor economizar R$ 20 milhões anuais na folha de pagamento. Fontes ligadas à nova diretora admitiram que a perda dos atletas será um “alívio” para a próxima temporada.
A gestão de Leco terá de correr contra o tempo para encontrar meios de sanar a grave crise financeira do clube. O último mês da gestão de Aidar foi catastrófico para o Tricolor, uma vez que a dívida estipulada em R$ 270 milhões subiu para quase R$ 300 milhões. É impensável no momento que haja quaisquer meios de manter Pato em 2016.
Detentor dos direitos econômicos do jogador, o Corinthians deseja aproveitar o bom momento do atacante no São Paulo para lucrar com sua venda para o futebol europeu. A diretoria do Timão pretende receber 25 milhões de euros (cerca de R$ 109 milhões) pelo atleta, o que supera em muito os 15 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões, na cotação da época) pagos ao Milan em 2013. No momento, o destino mais provável de Pato é a Inglaterra.
Já Luis Fabiano deixou claro após o empate por 2 a 2 com o Vasco, no último dia 18, que não renovará o vínculo com o São Paulo. O atacante recebeu uma proposta do Cruz Azul, do México, na última janela de transferências, mas teve a saída vetada por Aidar. O ex-presidente pediu um valor quatro vezes maior do que a equipe estrangeira estava disposta a pagar e sepultou qualquer chance de fazer negócio. O contrato do Fabuloso se encerra no final desse ano e não haverá um esforço muito grande da nova diretoria para estendê-lo.
No plano de propostas apresentado por Leco poucos dias antes da eleição já constava a necessidade de se adotar uma política de austeridade para conter os gastos do clube. A chapa do presidente eleito também deixava claro que os reforços para a próxima temporada serão modestos. De acordo com o programa de gestão, a revelação de novos jogadores é o “único caminho seguro” para o São Paulo retomar seu histórico vencedor.
Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press