A Câmara Municipal de Bonito ficou lotada na manhã desta segunda-feira (24). Moradores, empresários e trabalhadores do turismo compareceram em peso para protestar contra a cobrança da Taxa de Conservação Ambiental (TCA), no valor de R$ 15 por dia, que começará a ser exigida dos turistas a partir de 20 de dezembro de 2025.
A taxa foi criada pela Lei Municipal nº 162/2021, ajustada pela Lei nº 169/2022 e regulamentada recentemente pelo prefeito Josmail Rodrigues (PSDB). Segundo o decreto, o valor será destinado a ações de preservação ambiental, como coleta de lixo, monitoramento e melhorias de acesso. A taxa deverá ser emitida pelo site da prefeitura e apresentada nas agências antes do acesso aos atrativos. Crianças de até 7 anos, moradores e trabalhadores em serviço serão isentos.

Apesar disso, a medida gerou forte reação. Os vereadores André Luiz Ocampos Xavier (PSDB) e Angelo Carlos “Alemão” Cheres (PL) anunciaram que vão apresentar um projeto para revogar a taxa, recebendo aplausos do público. Eles afirmam que não houve audiência pública com o trade turístico e que muitos turistas compraram passeios sem saber da cobrança adicional.
A vereadora Professora Ramona (PSB) também se posicionou contra a taxa, apontando impacto negativo no turismo e no comércio local. Já o líder do prefeito, Adão Carlos Duarte (União Brasil), defendeu que a lei foi discutida com o setor e já estava homologada, mas admitiu abertura para diálogo.
A sessão teve momentos tensos, com intervenção policial ao final. O presidente da Câmara, Professor PH (PSB), afirmou que uma audiência pública pode ser realizada. Uma reunião interna entre os vereadores acontecerá nesta terça-feira (25) para definir os próximos passos.
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