Sul-Mato-Grossenses fazem campanhas de ajuda às vítimas de barragens em MG

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por Jhoseff Bulhões

Moradores do Mato Grosso do Sul tem se engajado em campanhas de auxílio aos moradores da região atingida pelo desastre do início do mês pelo rompimento de barragens em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana, em Minas Gerais.

Apesar da prefeitura de Mariana ter pedido para serem suspensas as doações em alimentos e peças de vestuário para o município, várias outras cidades, como Governador Valadares (MG) e Colatina (ES) tem sofrido com a falta de água mineral e potável, enquanto as medidas adotadas pela empresa juntamente com o Poder Público não têm sido suficientes para garantir o suprimento à população.

Arrecadação de suprimentos

Em Dourados, Tig Vieira (29, dramaturgo), coordena uma campanha de doação de garrafas de água mineral que encerra essa sexta: são mais de 10 pontos de coleta espalhados por vários pontos da cidade. Ele afirma que já foram arrecadados mais de 5 mil litros de água mineral em duas semanas de campanha “eu já sabia que as pessoas aqui são generosas”, afirma “e tendem a se movimentar em favor das causas. Acho que só precisavam de um empurrãozinho.”

A água será transportada pelos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras, uma força-tarefa internacional que atua em projetos de emergência, prestando auxílio à natureza e comunidades em tragédias como esta.

Quem é Mariana?

Já em Campo Grande outro projeto tem chamado a atenção nas redes sociais. Batizado de “Quem é Mariana?”, o capa Quem-e-Marianaobjetivo é fazer uma viagem de imersão à bacia do Rio Doce, no primeiro semestre de 2016, para estudar como a tragédia modificou a região. O coordenador, Igor Santos (25, advogado), afirma “são previstos quinze dias de viagem, de Mariana a Regência, seguindo o curso do rio Doce, estudando os impactos sociais e ambientais da lama”.

Quinze cidades foram diretamente afetadas pela contaminação do Rio Doce, além do prejuízo à fauna e flora, e André Ruschi, biólogo entrevistado pelo G1, afirma que “o prejuízo ambiental do ‘tsunami marrom’ pode demorar 100 anos para ser revertido”.

Como ajudar

Em Dourados, as doações de água podem ser realizadas nos pontos de recolhimento, em garrafas lacradas de qualquer tamanho.

Para ajudar o projeto “Quem é Mariana?” estão sendo aceitas doações através do hotsite da campanha, is.gd/projmariana

Nas redes sociais

Página “Ajuda para vítimas da tragédia no Rio Doce – Dourados”

Página “Quem é Mariana?”

(Com assessoria)

Foto: Reprodução