Avelino Neto

cavalodoido-5No final da manhã desta sexta-feira (4), os delegados da Polícia Federal do Brasil e autoridades da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai – Senad, apresentaram no auditório do 11º RC.MEC do Exército em Ponta Porã, os primeiros resultados da operação da Policia Federal e SENAD do Paraguai, denominada “Cavalo Doido”. A operação foi desencadeada para desmantelar uma quadrilha que atua no tráfico internacional de entorpecentes, distribuindo drogas produzidas no Paraguai para os estados de Goiás, Pará, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma das maiores operações da PF nos últimos anos.

Receberam a imprensa o chefe da operação, delegado Cassius Valentin Baudelli, delegado James Solis, que foi o coordenador da operação em Ponta Porã, ministro da Secretaria Anti-drogas do Paraguai Hugo Verás, delegado Edgar Paulo Marcon, adido da Policia Federal no Paraguai, comandante das forças especiais da SENAD capitão Oscar Chamorro e o Fiscal anti-drogas do Paraguai Dr. Hugo Volpe.

O delegado de Policia Federal Cassius Valletim falou sobre operações realizadas simultaneamente na fronteira nesta sexta-feira (4), sendo uma no Rio Grande do Sul, denominada “Argus”’, e a de Goiás, que é “Cavalo Doido”’. O delegado também falou ainda das dificuldades para um trabalho simultâneo na região e com os seus reflexos na cidade de Ponta Porã. Ele também agradeceu o apoio da Senad, chamando a instituição de uma grande parceira no combate ao tráfico de drogas e contrabando de armas, e também na troca de informações entre os dois órgãos principalmente na região de fronteira, cujo foco principal é combater o crime organizado.

Chefe da Operação:

O delegado Federal, James Solis, que coordenou a “Cavalo Doido”’, contou que este nome foi escolhido pela forma como a organização criminosa vinha transportando a droga para os estados de Goiás, Tocantins, Brasília e Pará, onde eles pegavam os veículos, tiravam os bancos, deixando somente os espaços para os motoristas, enchiam de maconha e saiam da fronteira em direção aos estados citados, para uma viagem como se fosse uma corrida maluca, não paravam para nada, visto que os veículos, ou eram roubados, clonados ou FINANS, veículos financiados e não pagos.

Ainda conforme o delegado o delegado, o trabalho de inteligência entre os organismos policiais da fronteira mostrou que essa organização já contava com grandes plantações de maconha dentro do Paraguai o que culminou com a operação “Nova Aliança”, que foi a erradicação destes plantios de maconha no Paraguai.

Ministro da SENAD

O Ministro da SENAD no Paraguai, Hugo Vera, fez um balanço das atividades desenvolvidas pelas forças especiais de seu país no combate as drogas. Policiais paraguaios destruíram mais de 500 toneladas de maconha plantada na área de fronteira com o Brasil durante a Operação Nova Aliança 14 realizada em parceria com a Polícia Federal Brasileira. O país vizinho estima prejuízo de 17 milhões de dólares aos narcotraficantes da região.

As ações fazem parte de estratégias da Polícia Federal para desarticular quadrilha de tráfico internacional de drogas, que movimentava cerca de R$ 1 bilhão. A ação desta sexta-feira (4), na fronteira com o Brasil, contou com além de servidores da Secretaria Nacional Antidrogas, o Ministério Público e a Força Aérea do Paraguai com emprego de he licópteros para localizar as lavouras.

Conforme a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, os policiais tiraram de circulação 584 toneladas de maconha, sendo 23,5 mil kg da droga a granel e 331 quilos prensada. Além de 1,570 kg de sementes de maconha e prensas rústicas utilizadas para compactar o entorpecente. Foram encontrados e destruídos, 42 acampamentos usados como bases logísticas dos produtores de maconha. E chamou a atenção da polícia, o fato de muitas famílias se dedicarem ao cultivo da droga, principalmente em pequenas áreas rurais.

Ponta Porã

 Em Ponta Porã os Federais, saíram nas primeiras horas da manhã para cumprir quatro mandados de prisão preventiva e três de condução consentida, quando a pessoa é levada para depor e depois liberada. Dos quatro mandados de prisão, uma pessoa já estava no presídio de Dourados e passará a responder por mais este crime. Dos presos em Ponta Porã, que não tiveram os nomes divulgados pela Policia Federal, alguns tinham em suas residências armas de fogo e munição e por este motivo foram lavrados altos de prisão em flagrante por posse de arma de fogo e munição.

Os que foram apenas prestar depoimento, na maioria dos casos, são as esposas dos presos que muitas vezes emprestavam as suas contas bancárias para receber dinheiro vindo de outras regiões do país e seus telefones celulares para serem usados nas negociações. Alem de Ponta Porã, foram cumpridos mandados de prisão em Campo Grande, Dourados e Porto Murtinho todos no Mato Grosso do Sul.

Fotos:OsvaldoDuarte/DouradosNews

 

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