Mais um caso de abuso infantil entra para as estatísticas em Mato Grosso do Sul. Dessa vez um homem de 50 anos foi preso em Amambai, distante a 351 quilômetros da Capital, acusado de estuprar a filha de 12 anos e também será investigado se é o pai dos filhos da filha mais velha.

O caso foi levado à Polícia Civil, pela irmã mais velha da criança, que ficou sabendo que sua irmã vinha sofrendo abusos. A comprovação dos abusos da menina de 12 anos foi constatada pela Unidade da Polícia Científica em Amambai, e confirmou que a vítima tinha inúmeras lesões que comprovaram o estupro. Possivelmente o crime começou quando a menina completou 10 anos.

Com o laudo pericial, a Delegada Alana Tíssia Lima dos Santos representou pela prisão preventiva do autor.

Aos policiais, a irmã mais velha, que hoje tem 20 anos, contou que também foi abusada pelo pai dos 12 aos 14 anos, quando fugiu de casa. Dos abusos sofridos a mulher teria engravidado de gêmeos do próprio pai. Atualmente as crianças estão com 9 anos de idade.

Em relação aos estupros sofridos pela mulher quando criança e a comprovação de que seus filhos são frutos da violência, está sendo apurado em procedimento à parte, devendo ser realizado confronto de DNA entre o autor e as netas para comprovar a paternidade.

Conforme dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) só em 2023 já foram registrados 182 casos de estupro contra crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul.

Desse número, nos primeiros 40 dias do ano, 123 casos do mesmo crime foram apenas contra crianças e 59 contra adolescentes, ou seja, em média são 5 casos de abusos por dia no Estado.

Caso Sophia
O mais recente crime contra criança teve repercurssão nacional e aconteceu em Campo Grande. Abusada há pelo menos 1 ano, Sophia de Jesus Ocampo com apenas 2 anos, foi morta no dia 26 de janeiro. Os acusados são o padrasto Christian Leitheim, de 24 anos, e a mãe da menina, Stephanie de Jesus da Silva, de 25 anos.

No dia da morte da menina Sophia, a Polícia Civil foi acionada pela equipe médica que a atendeu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi até o local, conversou com os profissionais da unidade de saúde, que disseram que desconfiavam de que a menina estivesse morta há pelo menos 4 horas, relatando ainda que a mãe demonstrou certa frieza e só se desesperou quando foi avisada de que a polícia tinha sido acionada.

Tanto a mãe quanto o padrasto foram presos em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e estupro de vulnerável e encaminhados para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC).

Foi feito exame necroscópico em Sophia e o laudo apresentou que a menina teve traumatismo raquimedular em coluna cervical e constatou que ela estava com hímen rompido, por violência sexual não recente.

Conforme as investigações uma série de erros podem ter levado a morte da menina, pois o pai biológico, Jean Carlos Ocampo já havia realizado uma série de denúncias de maus tratos. A advogada do pai da Sophia, Janice Andrade, acusa o Estado pela série de erros que poderiam ter evitado a morte da menina.

Fonte: Correio do Estado

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