Bebê de 2 anos, que morreu na madrugada desta segunda-feira (3), em Aquidauana, estava, na verdade, sob os cuidados da mãe e não da tia paterna, como afirmou a menina de 14 anos, que teve o menino aos 12, no primeiro contato com a polícia. Tudo indica que a morte tenha sido um acidente doméstico e não um homicídio, mas com medo da punição, a adolescente deu três versões diferentes sobre o ocorrido.

De acordo com a Polícia Civil, até agora, o delegado responsável pelo caso, Luis Fernando Domingos Mesquita, passou dia coletando depoimentos. Ouviu a mãe do bebê, cujo depoimento foi acompanhado por conselheiras tutelares, os tios e a avó materna, uma amiga da garota e a tia paterna da criança, além dos policiais militares que fizeram o registro da ocorrência. Ainda devem depor os bombeiros que fizeram os primeiros socorros e o pai do bebê.

A reportagem apurou ainda que a principal linha investigativa é a de que o garotinho morreu engasgado, mas só o laudo necroscópico esclarecerá a causa da morte. “Nós não temos ainda o resultado da necropsia”, afirmou Amilcar Romero, o delegado regional de Aquidauana à imprensa local, na tarde de hoje.

As circunstâncias desse engasgamento e se houve omissão de socorro por parte da mãe ainda são questões a serem apuradas. Há ainda a hipótese de morte natural.

Primeira versão – O menino de 2 anos deu entrada no Hospital Regional da cidade a 135 km de Campo Grande apresentando rigidez cadavérica, sinal de que já estava morto há horas.

A mãe da criança contou que, por volta das 17h de domingo (2), deixou o filho sob os cuidados da tia paterna, com quem a criança passaria a noite. Mas, por volta das 3h de hoje, essa tia apareceu na casa da adolescente, com a criança só de fralda e aparentemente dormindo. A mulher teria entregue a criança, afirmando que não poderia passar a noite com ela, pois precisaria que sair logo cedo de casa.

Ao pegar o filho, a mãe narrou que sentiu que ele estava com corpo frio, então o enrolou em um cobertor e entrou em casa. Poucos minutos depois, afirmou ter notado que os lábios da criança estavam ficando roxos. A adolescente chamou pelo irmão e seguiu até o hospital mais próximo, o Funrural, que estava fechado.

A adolescente afirmou ainda que fez contato com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas como o socorro estava demorando, voltou para casa e só então chamou o Corpo de Bombeiros.

Durante o trajeto ao hospital, os militares notaram que havia sinais de rigidez cadavérica. Mesmo assim, fizeram manobras de ressuscitação, mas a criança realmente já estava sem vida.

Ainda conforme registrado no boletim de ocorrência, por morte a esclarecer, não havia sinais de violência no corpo do bebê, que foi encaminhado ao IML (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).

Outras versões – A tia citada negou que estivesse com o sobrinho e depois de confrontada, a adolescente acabou contando outras duas histórias sobre a morte do filho.

O Conselho Tutelar de Aquidauana informou que, agora, a adolescente está sob os cuidados da mãe, avó do bebê. Ela não morava com a mulher, e sim com irmãos e o namorado de um deles.

Por meio da assessoria de imprensa, o delegado responsável pelo caso informou ainda que “outras diligências investigativas estão sendo realizadas, para tentar elucidar a dinâmica dos fatos”.

Fonte: Campo Grande News

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