Nele, as pessoas são previamente selecionadas para participar de 50 desafios, cumprindo tarefas que incluem escutar músicas depressivas, mutilar partes do corpo e, por último, tirar a própria vida.
Em entrevista, o presidente da Safernet, Thiago Tavares, diz que o jogo, inicialmente, foi um “fake news” divulgado em 2015 por um veículo de comunicação russa. “Era um ‘fake news’, mas existe um efeito que, sendo verdadeira ou não, a notícia gera um contágio, principalmente entre os jovens. O jogo não existia, mas com a grande repercussão da notícia, pode ter passado a existir”, diz.
Em Vila Rica (MT), segundo o jornal Folha de S. Paulo, uma adolescente de 16 anos cometeu suicídio na última terça-feira, dia 11. A polícia informa que ela deixou duas cartas onde falava sobre as regras e a cronologia das ações a serem cumpridas e também apresentava cortes nas coxas e nos braços.
Em Pará de Minas (MG), um jovem de 19 anos morreu na última quarta, dia 12. À polícia, a mãe afirmou que o garoto também estava participando do “Baleia Azul” e que ele vinha tentando deixar o grupo, vinculado ao jogo, mas sofria uma pressão muito grande e nos últimos dias agia de forma estranha.
Na Paraíba, a Polícia Militar abriu na terça, dia 11, uma investigação para apurar a participação de estudantes de João Pessoa no jogo. As denúncias são de que alunos estariam participando do grupo e já teriam realizados “tarefas” de automutilação.
Vale lembrar que o desafio da “Baleia Azul” é também um caso de polícia. Instigar uma pessoa ao suicídio é crime, portanto, se souber de grupos incentivando o jogo, denuncie.
Se estiver precisando de ajuda ou souber de alguém que esteja, o CVV (Centro de Valorização da Vida) presta atendimento por meio do telefone 141. Também é possível entrar em contato via internet, e-mail, chat e Skype 24 horas por dia.