Pelo menos 50 dos 79 prefeitos do Estado já se inscreveram para participar da XX Marcha à Brasília em Defesa dos Municípios que ocorrerá de 15 a 18 de maio, segundo dados da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). Até a data do movimento municipalista, a entidade acredita em novas adesões.
Defensor do municipalismo, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), aconselhou na última sexta-feira (20), ao participar de ato de assinatura de convênios na sede da entidade, a participação de um maior número de prefeitos.
Ex-prefeito da cidade de Maracaju, época em que também presidiu a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Azambuja disse que foi a partir dessas mobilizações anuais promovidas pela entidade municipalista que houve várias conquistas, como o incremento de percentuais extras no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), a elevação dos recursos do ITR (Imposto Territorial Urbano), cuja arrecadação fica 100% com as prefeituras, entre outras.
O governador foi até a sede da Assomasul, em Campo Grande, assinar com o presidente da entidade, Pedro Caravina (PSDB), e demais prefeitos, convênios destinados à manutenção do transporte escolar com os municípios e com a rede Siconv (Sistema de Convênios).
Em discurso, enalteceu o trabalho que vem sendo feito há anos pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, em favor das causas municipalistas. “O Caravina me falou que já tem 50 prefeitos inscritos, mas se der para os 79 prefeitos do Estado participarem da Marcha melhor ainda, é muito importante, porque mostra a força da Assomasul e fortalece o municipalismo. Foi através das marchas que tivemos muitas conquistas, muitos avanços, e muitos prefeitos que como eu, participaram, sabem da importância que tem esse movimento”, sugeriu o governador.
Durante o ato, o governador falou da importância das parcerias institucionais em torno da execução de projetos importantes para os municípios, lembrando que esta semana mesmo lançou 14 editais de licitação para obras de infraestrutura urbana (pavimentação e drenagem de águas pluviais), que contemplarão Campo Grande e outros 11 municípios.
Ainda durante seu discurso, Reinaldo Azambuja falou da crise econômica do país, no entanto, destacou a importância de os agentes públicos se empenharem com adoção de medidas visando o enxugamento da máquina como ele teve que fazer para tornar o Estado viável. Segundo ele, é possível superar essa situação crítica que teve reflexo negativo não apenas no governo, mas principalmente nos pequenos municípios, a partir de ações de contenção de gastos para então tornar a máquina viável e retomar os investimentos.
O chefe do Executivo também defendeu um novo pacto federativo de modo que os recursos não fiquem somente centralizados no governo federal, ou seja, venham a contemplar de forma justa estados e municípios.
Reinaldo Azambuja defendeu ainda a reforma previdenciária, desde que seja adotada pelas três esferas da administração pública. Segundo ele, é inadmissível que a União adote o um novo sistema previdenciário e cada município tenha o seu próprio. “Desse jeito não funciona”, ponderou.
JNE com Assomasul