Exames de DNA são usados pela Polícia Científica de MS para solucionar crimes contra o patrimônio

A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul desempenha um papel importante na resolução de crimes contra o patrimônio e crimes sexuais, utilizando o exame de DNA como uma ferramenta essencial. A determinação da identidade genética por meio do DNA tem se mostrado extremamente eficaz, possibilitando diversas aplicações que vão desde a identificação de suspeitos até a conexão de diferentes casos criminais.

No último mês de janeiro, por exemplo, três casos de coincidência possibilitaram a identificação de autores de crimes contra o patrimônio, dois na capital e outro no interior, por meio do exame de DNA, sem a existência prévia de suspeitos.

Segundo Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva, diretora do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF) da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, “os peritos criminais de todo o estado ao realizarem o exame nos locais de crime, coletam vestígios, como objetos com sujidades de sangue e saliva, onde, aqui no laboratório, realizamos a coleta das amostras de DNA”.

Ela complementa: “Estamos observando um aumento de casos em que indivíduos previamente condenados por crimes hediondos ou sexuais, e que tiveram seu material genético incluído na base de dados nacional de perfis genéticos por exigência legal, estão agora implicados em crimes contra o patrimônio”.

Emerson Lopes dos Reis, diretor do Instituto de Criminalística (IC), relata um caso recente ocorrido em Campo Grande: “Um suspeito se feriu ao invadir uma residência durante um furto e, ao coletar vestígio de sangue dele no local, foi inserido o material genético no banco. O perito responsável recebeu a informação técnica do IALF confirmando o perfil genético obtido do possível autor”.