Gaeco a um passo de acabar com a “banda di marcio” da política de MS

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A partir da segunda fase de depoimentos da Operação Coffee Break, em que irá interrogar sete pessoas entre a tarde de hoje e a sexta-feira (4), o Grupo de Atuação Especial de Repressão contra o Crime Organizado (Gaeco) poderá dar início ao desmonte do que será definido como a “banda podre” da política de Mato Grosso do Sul, a partir de Campo Grande.
As intimações aos sete a serem interrogados estão entregues e, conforme o Ministério Público Estadual (MPE), nesta fase os envolvidos que já foram interrogados não voltarão a depor. O prefeito afastado, que poderia ser ouvido nessa terça-feira (1º), não será ouvido por enquanto.
O Ministério Público não divulgou o nome das pessoas que irão depor nesta semana. No dia 25, após uma rápida operação que começou às 6h, o Gaeco interrogou 13 pessoas, das quais 9 vereadores, o ex-vereador Alceu Bueno, um secretário do município e empresários, entre eles João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, e João Baird, dono da Itel Informática, que teriam sido peças importantes nas “negociatas” para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).
Todos os alvos no dia 25 foram conduzidos coercitivamente (não obedeceram a chamados e intimações) para prestar depoimento, a partir da operação. No dia, os últimos a serem liberados da sede do Gaeco, por volta de 20h, foram o presidente afastado da Câmara Municipal, vereador Mário César (PMDB), e o empresário Fábio Portela Machinsky.
Gilmar Olarte vem afirmando que provará a sua inocência, e que está reunindo documentos que irão ajudar na investigação. Até aqui 17 telefones celulares foram apreendidos pelo Gaeco durante a operação, sendo que Olarte entregou o aparelho sem fornecer a senha. A atitude não foi adotada pelos demais investigados, mas, para Olarte, foi conforme orientação dada pela Justiça.