Tony Adenan da Silva Alviço, 21 anos, foi executado a tiros na tarde desta segunda-feira, 25 de dezembro, próximo a Prefeitura de Anastácio. Com vasta ficha criminal, cerca de 42 passagens, Tony era muito temido no Bairro Cristo Rei, onde residia e é filho de Sandra Ramona, conhecida como “mãe do tráfico”, devido sua atividade e dos filhos em traficar drogas na região.
De acordo com informações levantadas pelo JNE, Tony estava em frente a uma conveniência junto com Thiago Samuel Diniz de Lima, 26, quando um Fiat/Sena, cor prata, parou e o passageiro efetuou disparos na direção dos dois. Tony morreu tentou correr, mas caiu em frente a uma igreja e morreu no local, já Thiago conseguiu fugir em sua moto para buscar socorro médico, porém, devido aos ferimentos, acabou perdendo as forças e caindo na Avenida Manoel Murtinho, sendo socorrido por equipe do SAMU e encaminhado para o Pronto-Socorro de Aquidauana.
Ainda segundo informações apuradas, com auxílio de imagens de câmeras de segurança, o veículo foi identificado e localizado na casa do ex-sogro de Tony, conhecido como Valdomiro. Até o fechamento desta matéria, não foi confirmado se o homem tem ligação com o crime.
Família do crime
Tony Adenan é filho de Sandra Ramona, traficante conhecida em Anastácio que se encontra presa na Capital. Seu outro filho, Jonathan Roberson Silva de Oliveira Barbosa, 29 anos, conhecido no mundo do crime como “Chuca”, também se encontra preso, na Capital.
Sandra também foi alvo de investigação do Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, na operação Balcão de Negócios, que ocorreu em Aquidauana em 2019, no qual integrava uma organização criminosa de traficantes de drogas da região de Aquidauana e adjacências. O Delegado de Polícia Eder Oliveira Moraes dava proteção aos traficantes, repassando informações sigilosas, entre outros expedientes criminosos. Durante as investigações foram feitas prisões/apreensões em flagrante de 09 (nove) pessoas que, antes da investigação do GAECO, conseguiam atuar impunemente na região.
Segundo a denúncia, o delegado facilitava as ações da quadrilha liderada por Sandra Ramona. A participação dele era essencial para a atividade criminosa desenvolvida por Sandra em Aquidauana e Anastácio.
Esquema – Investigadores desconfiavam de vazamento interno, pois nunca conseguiam prender Sandra em flagrante. Somente a partir da interceptação é que ela foi detida, no dia 26 de março de 2019, dentro da casa que funcionava com ponto de venda.