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Paolo Guerrero é, sem dúvida, um jogador gabaritado e que carrega consigo uma vasta bagagem aos 31 anos. Entretanto, o momento delicado sob as vestes rubro-negras – quatro gols em 16 jogos no clube – vem fazendo com que o jogador que custa cerca de R$ 1 milhão por mês aos cofres do clube (luvas diluídas e salários) veja a sombra de Kayke cada vez maior nesta reta final da temporada.
Com os dois gols sobre o Goiás, no domingo passado, na goleada por 4 a 1, o camisa 27 chegou ao sexto tento pelo Rubro-Negro neste Campeonato Brasileiro, em 13 partidas que foi escalado desde os tempos de Cristovão Borges – dobro dos gols do peruano no BR-15.
A situação, portanto, aumentou ainda mais o reconhecimento do torcedor com o atacante cria das categorias de base da Gávea. A boa fase com o time e a atuação contra o Esmeraldino renderam aplausos e gritos em massa com o nome de Kayke nas arquibancadas do Maracanã. Mesmo debaixo de forte protesto, o atacante foi um dos pouco jogadores poupados pelas críticas.
Confiante pelo bom momento que vive desde o retorno ao Flamengo, em agosto deste ano, o atacante destacou que está sempre apto para os chamados do técnico.
– Sempre pensei em titularidade. Isso não é novidade para mim. Tenho 27 gols na temporada (21 pelo ABC-RN), seis gols com a camisa do Flamengo, então sempre que for escolhido para ser o titular eu vou entrar e fazer o meu melhor – garantiu o centroavante de 27 anos.
Os dois últimos gols do atacante diminuíram também a vantagem na briga pela artilharia do Brasil na temporada. Kayke, que já esteve entre os primeiros na lista, agora está a dez tentos de diferença do líder Ricardo Oliveira, do Santos. O jogador do Flamengo ocupa a terceira colocação na disputa.
Guerrero, que está à disposição da seleção peruana, volta ao time no dia 18, contra o Santos. Resta saber como Oswaldo quebrará a cabeça para montar o ataque titular.
Foto: Cleber Mendes/Lancepress