Avelino Neto
Os proprietários da Unidas Locadora de Veículos instalada no Aeroporto Internacional de Campo Grande e do Titus Lava Car, lava jato localizado no Jardim Petrópolis, estão denunciados na polícia acusados lesão corporal dolosa, sequestro e cárcere privado. A vítima, um funcionário do lava jato, acompanhado de familiares denunciou o caso na Depac-Centro, crimes que deverão ser apurados pela delegacia da área, a 7ª DP.
De acordo com a denúncia formalizada, o lava jato presta serviço para a locadora, sendo praxe funcionários levarem o carro limpo para a cliente e trazer o sujo para o lavador. Nesta terça-feira a praxe foi cumprida pelo lavador Lincon Ribeiro Lescano (19). Com ele, em outro veículo saiu rumo ao aeroporto outro funcionário, este de nome Sandro.
Assim que chegou na locadora, Lincon afirma ter sido questionado pelo proprietário sobre a demora de Sandro. Alegando não saber e como o colega realmente demorava, Lincon disse que já iria embora. Nesse momento a vitima foi agarrada e contida pelo dono da locadora e outras pessoas e avisada que só iria embora após a chegada do outro lavador.
Nesse momento, o dono da locadora que a vítima diz não saber o nome, mas que estava acompanhado de Vanderlei, dono do lava jato, passou a acusar o lavador e seu colega de estarem tramando o roubo do carro para vender no Paraguai. Ainda conforme a denúncia, o rapaz passou a ser agredido, chegando a desmaiar por conta de um “mata leão”.
Quando recuperou a consciência, a vítima estava amarrada com os braços para trás e com várias pessoas o agredindo, com lesões aparentes no pescoço, marcas das amarras e braço esquerdo. Ao perguntar porque estava apanhando o dono da locadora reiterou que ele e o colega estavam tramando o furto do carro.
Outro detalhe fornecido pelo lavador na polícia, é que antes de ser atacado e espancado, ele vítima tinha em seu poder documentos pessoais e relógio de pulso, os quais desapareceram. A mãe da vítima, ouvida na polícia, relatou que o filho do dono do lava jato foi até sua residência atrás do rapaz falando que ele havia furtado carros, a mãe não acreditando na historia pediu mais detalhes, nesse momento chegou Vanderlei, dono do lava jato, e contou o ocorrido, dizendo que o filho da testemunha estava na locadora e que só seria liberado depois.
Em seguida o filho do dono do lava jato recebeu uma ligação falando que Sandro tinha retornado e que agora os dois “iam tomar um pau”. A mãe então ponderou que se encostassem em seu filho ela iria tomar as providencias. Em seguida a dupla foi embora e a mãe resolveu segui-los porque não sabia onde era a locadora, mas perdeu os dois de vista e resolveu assim ir até o Lava Jato e esperar.
Pouco tempo depois chegaram ao lava jato três indivíduos e a mãe ouviu deles que eles tinham dado uma surra em um menino da locadora. Presumindo ser seu filho, o que pouco tempo depois acabou confirmado, o caso foi denunciado na polícia. Cópia da ocorrência e posteriormente do inquérito policial será encaminhadas para administração central da Unidas. Os acusados procurados por telefone, não retornaram as ligações até o final desta reportagem.
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