A tese de execução do ex-vereador de Anastácio, Wander Alves Meleiro, o Dinho Vital, de 40 anos, perdeu força com o avanço das investigações. Inicialmente, o laudo do exame necroscópico indicava que o tiro fatal o havia atingido pelas costas, mas uma perícia complementar solicitada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) revelou que os projéteis que feriram Dinho Vital entraram pelas laterais e pela frente do corpo.
Segundo o mesmo perito médico legista, Ivan de Oliveira Chaves, responsável pelo primeiro laudo, também elaborou o novo documento a pedido do MP, descreve que um dos tiros atingiu Dinho Vital “na região posterolateral direita (de trás para frente, parcialmente lateralizado), saindo pela região anterolateral esquerda”.
O outro disparo entrou pela “região anterolateral esquerda (de frente para trás, parcialmente lateralizado), transfixando a região abdominal, o perito criminal constatou que não houve tiro à queima-roupa.
Outro ponto crucial adicionado ao inquérito foi o depoimento de uma testemunha, um ciclista que passava pela BR-262 próximo ao local onde Dinho Vital foi abordado por policiais militares à paisana. Segundo a apuração, esse homem procurou a Corregedoria da Polícia Militar para relatar o que viu e ouviu. Ele disse que havia parado na rodovia para consertar a corrente da bicicleta quando ouviu gritos: “Polícia, abaixa a arma! Larga a arma! Aqui é a polícia!”. Em seguida, ouviu tiros e viu um homem cambaleando e apertando o abdômen. Acrescentou que não houve mais disparos após este momento.
O ciclista narrou que tudo aconteceu em frente a um veículo preto parado às margens da rodovia – o Fiat Toro de Dinho – e um carro branco logo atrás. A presença da testemunha no local e horário dos fatos foi confirmada por um vídeo de câmera de segurança do posto Taquarussu.