Professores deflagram greve a partir de segunda

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Professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande decidiram, em assembleia realizada terça-feira (26), entrar em greve a partir do dia 2 de maio, segunda-feira. O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Básica (ACP), Lucilío Souza Nobre, disse que os professores pedem 11% de reajuste para 2016, mais 13% referente a 2015.

A prefeitura informou que enviou à Câmara Municipal projeto de reajuste de 9,57% para todos os servidores, porém, os vereadores rejeitaram. Agora, por conta da lei eleitoral, só pode oferecer pouco mais de 2,7%. A greve está marcada para começar no dia 2, porém, a partir desta quarta-feira (27), a categoria já começa a fazer mobilizações nas escolas. A agenda da greve programa visitas aos colégios entre hoje e sexta-feira.

Os professores criticam a atitude do prefeito Alcides Bernal e devem divulgar uma campanha com o slogan “Quem não cumpre com a educação, não merece reeleição”. A frase que deve estampar camisetas, faixas e anúncios é uma espécie de alerta ao chefe do Executivo Municipal.

Segundo o presidente da ACP, Lucílio Souza Nobre, a categoria quer que o Poder Executivo cumpra a lei do piso para o magistério. “Enviamos 11 ofícios e não teve retorno”, reclama, indignado com a falta de diálogo com Bernal. A categoria programa passeata até o Paço Municipal, na avenida Afonso Pena, no dia 2. No dia 3 de maio, a categoria vai à Câmara Municipal.

Segundo o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli Cesar, uma última tentativa de negociação será feita na terça-feira (3), com reunião com representante do Executivo. “É a última tentativa. Temos feito no interior e tem dado certo”, afirma.

A greve dos professores não é bem aceita pelos pais dos alunos, apesar de se solidarizar com as reivindicações dos professores porque prejudicam o ano letivo dos 95 mil estudantes da Reme.  No ano passado, os alunos enfrentaram greve por 77 dias e a paralisação também compromete a qualidade do ensino.