O pai de uma menina de 5 anos que denunciou ter sido abusada pelo funcionário de seu avô materno, revoltado com a situação, entrou na residência do suspeito na noite deste domingo (07) e promoveu um quebra-quebra, enquanto perguntava pelo acusado, em Anastácio.
Segundo informações, o jovem de 26 anos, junto com sua irmã, em posse facas, estavam atrás do suspeito pois horas antes, este havia passado em frente à residência da família, mesmos sendo investigado pelo abuso contra a criança.
O pai e a tia da criança então foram atrás do homem em sua residência tirar satisfação, porém não o encontraram. Revoltado o jovem invadiu a casa e quebrou vários objetos e utensílios domésticos. Com medo, a esposa do investigado acionou a Polícia Militar.
A dupla ainda teria ido à casa de outro familiar do suspeito, mas não o encontrou. Após o fato, o pai da menina não foi mais visto.
O crime
A criança denunciou os abusos na noite da última terça-feira (02). A reportagem conversou com a mãe da vítima. Ela e o esposo trabalham o dia inteiro e deixa os filhos aos cuidados de sua mãe e que o abusador é funcionário de seu pai, que tem um comércio anexo a residência. A mulher contou que a menina confidenciou aos prantos que um dos funcionários do avô havia mostrado seu órgão genital pra ela, mandou ela abaixar o short e cometeu atos libidinosos. A menina ainda contou que ele teria feito isso outras vezes.
O pai da criança, revoltado, foi até a casa do homem tirar satisfação e o agrediu, tomado pela emoção do ocorrido com sua filha. Segundo a mãe da vítima, o abusador a todo momento pedia “desculpas” ao seu esposo, confirmando o que tinha feito. Ainda segundo a mulher, a esposa do acusado disse à família que não ia dar nada para o marido dela, pois ela já tinha feito isso outras vezes.
A Polícia Militar foi acionada, prendeu o abusador e o encaminhou para a Delegacia de Polícia Civil da cidade, porém o homem não ficou preso, o que revoltou familiares da criança que queriam partir pra cima do suspeito, sendo coagidos pelo policial de plantão, segundo uma tia da vítima.
Na manhã de quarta-feira (03) os pais da menina foram ouvidos na Delegacia por um escrivão. Já a vítima foi ouvida através de escuta especial realizada por um psicólogo da CREAS. O profissional fará o relatório que será anexado ao inquérito policial.
No mesmo horário em que a família estava na Unidade Policial, o suspeito também chegou para ser ouvido, o que deixou os pais da menina abalados. Após ser ouvido, o homem, que chegou com sua esposa, foi liberado. A reportagem tentou falar com a delegada titular, mas não foi atendida e nem teve o retorno.