O delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente –DEPCA, realizou na manhã desta quarta-feira acareação entre os acusados de praticar magia negra e tortura contra um menino 4 anos e 8 meses, que se encontra internado na Santa Casa de Campo Grande. A acareação durou 1h30 em que três pessoas presas sob acusação de torturar a criança durante supostos rituais de magia negra, mantiveram as versões apresentadas nos depoimentos anteriores.

A polícia colocou frente a frente o tio-avô da criança, a mãe dele, de 60 anos, e o primo. Uma tia-avó do menino, também presa e que está em Corumbá, não participou. Na acareação, os três mantiveram os depoimentos já prestados à polícia.  Os homens afirmam que a mulher foi a mentora do crime e ela nega.

A previsão da polícia é concluir a investigação esta semana. De acordo com o delegado Paulo Lauretto, os três já haviam prestado depoimento para o delegado, mas separadamente e, como as afirmações eram contraditórias, foram colocados na mesma sala para darem as versões sobre os fatos.

Para o delegado encarregado do caso, a avó adotiva da criança é pessoa extremamente fria, articulada e que guarda os atos que praticou para si. Segundo Lauretto, o genro da idosa e o homem ainda sustentam a versão de que ela é a mentora dos crimes e que seria quem liderava os rituais de magia negra.

Durante a acareação, o delegado diz que os dois presos afirmavam que a ela foi quem planejou os rituais, mas a mulher negava os fatos a todo tempo. Ainda conforme Lauretto, a idosa desafia dizendo que as testemunhas que a denunciaram são mentirosas. Ela foi presa na segunda-feira (29), mediante mandado de prisão expedido pelo Judiciário.

De acordo com a polícia, o garoto de 4 anos e 8 meses vítima das sessões de tortura, deverá ser ouvido pela Vara da Infância e Juventude após receber alta hospitalar. Os familiares envolvidos continuam presos isolados da massa carcerária mesmo ainda em delegacias e responderão por tortura e associação criminosa.

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