A nova onda do uso do aplicativo FaceApp, que atualmente está sendo usado ara trocar as carcteriticas de gênero dos usuários, não foge do possível vazamento de dados, que é investigado pelo FBI por se tratar de uma “ameaça de contrainteligência”.

A investigação nasceu de uma queixa feita por membros do Partido Democrata nos Estados Unidos, que havia alertado pré-candidatos à presidência para não utilizarem o app; posteriormente, também solicitaram investigações, tanto do FBI, quanto da Comissão Federal do Comércio do país.

A suspeita começou desde que começou a febre  de alterar fotos de maneiras criativas: deixando seus usuários com rostos mais novos ou mais velhos, alterando o gênero ou simplesmente “embelezando” a face em dezembro de 2019. No entanto, a popularidade do aplicativo russo também chamou a atenção aos riscos de privacidade envolvendo a sua utilização, em especial pela sua nacionalidade.

Segundo Chuck Schumer, líder dos democratas no Senado, o FBI deu um retorno sobre o pedido de investigação afirmando que qualquer aplicativo desenvolvido na Rússia é uma ameaça de contrainteligência em potencial.

O relato do FBI, no entanto, não é necessariamente direcionado ao público comum, mas sim pensado em representantes governamentais e candidatos nos Estados Unidos. Ele se baseia na disputa política entre EUA e Rússia, e como o envio desses dados para um app russo pode oferecer vantagens ao governo de Putin para obtenção de informações sensíveis que possam resultar em benefícios ou acordos.

Já FaceApp nega veementemente que os dados que coleta sobre os usuários sejam usados para tais fins. Primeiramente, os termos de uso do serviço afirmam que a empresa não vende ou compartilha dados do público com nenhuma outra empresa ou governo.

Há, no entanto, o risco de que o governo russo seja capaz de interceptar dados e roubá-los sem intervenção direta do FaceApp. Sobre isso, a companhia informou à Forbes que os dados são tratados em provedores de nuvem de terceiros (Amazon Web Services e Google Cloud Platform), e que foi determinado que essas empresas devem armazenar os dados de usuários em regiões que não possuem risco de interceptação russa. Na AWS, é determinado que dados de usuários dos EUA devem ficar em servidores no país, e, na plataforma do Google, a determinação é de que o armazenamento sempre seja feito o mais perto possível do usuário, independentemente do onde ele morar.

Fonte: JD1 Notícias

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