Weslei de Almeida Velasco, 38 anos, foi encontrado morto na noite desta segunda-feira (22), em uma das celas da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, localizada na zona rural de Campo Grande. Perícia indica que ele foi enforcado e depois pendurado para simular suicídio. Velasco fazia parte de quadrilha de traficantes que agia nas cidades de Aquidauana e Anastácio. As ações do bando eram “protegidas” pelo então delegado na época, Eder Oliveira Moraes.

Segundo a ocorrência registrada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol, a informação inicial era de suicídio no pavilhão 1 e cela 112. Como medida de praxe, médicos e peritos são acionados. Foram os militares dos bombeiros que constataram a morte de Weslei e, na sequência, a perícia iniciou os trabalhos.

O profissional indicou que as marcas encontradas no pescoço de Wesley “não condizem com suicídio”. O perito acredita que a vítima foi enforcada, ainda embaixo, e depois pendurada para simular um suicídio. Diante da situação, três internos que dividiam a cela com a vítima foram levados até a delegacia para serem ouvidos. Por enquanto, o caso foi registrado como “morte a esclarecer”.

Weslei foi denunciado pelo Ministério Público por fazer parte do esquema de narcotráfico em Aquidauana e Anastácio. Na época, ele era companheiro da líder do esquema, Sandra Ramona da Silva, e foi preso em setembro de 2019. As ações da quadrilha não chegavam nem a serem investigadas, pois o grupo era “protegido” pelo então delegado Eder Oliveira Moraes.

O ex-delegado ficou conhecido depois que virou alvo de investigações criminais. Eder foi condenado a 21 anos de prisão por estuprar adolescentes infratores dentro da delegacia de Rio Verde de Mato Grosso. A última condenação foi em 2021, por furto de 101 quilos de cocaína da unidade policial de Aquidauana, sob seu comando, episódio foi descoberto em 2019, quando Eder foi preso pela Corregedoria.

Weslei também tem envolvimento por crimes de tentativa de homicídio e homicídio no Bairro Aero Rancho, na Capital.

Fonte: Campo Grande News

 

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