Abalada e chorando, a dona de casa de 44 anos que viu o filho ficar em estado grave por conta de uma ‘brincadeira’ no local de trabalho deixou a delegacia após prestar depoimento. Ela foi ouvida nesta segunda-feira (6), três dias após o crime, e afirmou que só espera por justiça.

“É muita dor para uma mãe. Cada dia que o médico diz que meu filho está melhorando eu dou glórias”, disse a mulher. Ela contou ao Midiamax que o filho é um rapaz muito bom e estava feliz pelo primeiro emprego no lava jato, que conseguiu por indicação do amigo de 31 anos, um dos supostos agressores.

Na segunda-feira, o jovem se alistou no Exército e dizia para a família que pretendia tirar a carteira de habilitação ao completar 18 anos e comprar um carro, com o dinheiro que guardaria do emprego. “Ele estava muito grato ao amigo que o apresentou e o indicou para o trabalho”, disse a mãe. O amigo e também vizinho esteve na casa da família um dia antes do ocorrido, na quinta-feira (2).

Para a mãe do adolescente, os agressores fizeram o que fizeram por maldade. “Esses dias meu filho me disse que faria uma compra boa no mercado para mim com o salário dele”, disse a mulher. Ela contou ainda que não conseguiu comer nos últimos dias e afirmou “Só a oração é que está me segurando em pé”.

Amigo de infância

A mãe do adolescente contou que o amigo, de 31 anos, frequenta a casa da família e que se assustou ao saber que ele havia participado do crime. Ela chegou a contar sobre outra ‘brincadeira’ que o amigo havia feito com o filho dela na segunda-feira. Ele se alistou e foi direto para o serviço, com fome e sem ter almoçado. Segundo a mãe do jovem, o amigo de 31 anos e o dono do lava jato deram uma espécie de massa de modelar, com sabor, dizendo que eram balas.

“Ele chegou em casa passando mal e depois ouvi ele contar para um parente o que tinha acontecido”, disse a mãe. Ela ainda falou que chegou a conversar com o homem de 31 anos, já que ele é amigo da família, e ele prometeu que não faria mais esse tipo de brincadeira com o adolescente.

Os agressores responderão por lesão corporal grave ou gravíssima e as investigações continuam. Eles devem ser ouvidos pelo delegado responsável nos próximos dias. (Midiamax)

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