Frigorífico Buriti localizado em Aquidauana, informou nesta sexta-feira (25) que precisou suspender o abate já que, por conta da paralisação dos caminhoneiros, não tem como escoar a produção. Apesar de sentir o reflexo, a diretora administrativa Cristina Chramosta Marinho de Barros, disse que a empresa apoia a greve e entende a importância do movimento.
“Ninguém aguenta mais tantos impostos. A luta não é só pela baixa do imposto do diesel, pois se aumenta o combustível, eles precisam aumentar o frete e todos acabam sentindo com a alta dos produtos. Apesar do nosso setor ser afetado, nós apoiamos sim a paralisação”, afirmou ao JNE.
A gestora disse que neste sábado (26) o frigorífico irá realizar abate para o comércio da região, mas a produção normal não tem previsão para normalizar. A empresa está com expediente normal realizando serviços administrativos.
JBS de Anastácio
O JNE entrou em contato com o frigorífico JBS de Anastácio, mas através de sua assessoria não informou sobre o funcionamento da Unidade, apenas enviou uma nota sobre o posicionamento do Grupo no Estado. Confira:
“A JBS vem monitorando os impactos da greve dos caminhoneiros e está adotando medidas em suas operações (fábricas) e logística, que inclui a paralisação de algumas unidades de carne bovina, aves e suínos, em razão da impossibilidade de escoar sua produção. As paralisações têm como foco principal os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, e em menor escala, também em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.”
Greve continua
A greve dos caminhoneiros contra o aumento no preço dos combustíveis continua em Mato Grosso do Sul e além das interdições nas rodovias federais, os manifestantes bloqueiam também as estradas estaduais. Mesmo após acordo com o governo federal, anunciado na noite de quinta-feira (24), trechos continuam interditados no Estado, segundo balanço da Polícia Militar Rodoviária e da Polícia Rodoviária Federal.
Foto: Fernando Antunes/Campo Grande News/Arquivo
